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um breve comentário de Hermeneutica
um breve comentário de Hermeneutica

 

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                             PRINCÍPIOS DE HERMENÊUTICA E HOMILÉTICA 

ESTUDANDO E COMPREENDENDO AS SAGRADAS ESCRITURAS, PARA FALAR AOS HOMENS.
Nossa mais sincera oração a Deus é no sentido de que, ao longo desse estudo, você, prezado amigo, seja
feito melhor cidadão não só do céu, mas também da sua própria pátria, mostrando um comportamento
irrepreensível diante de Deus e dos homens na sociedade.

HOMILÉTICA 

Primeira Lição = Definição A Origem da Homilética; A Pregação na Igreja Primitiva; A Arte de Expressão; O Aprimoramento dos Conhecimentos Gerais. O Desenvolvimento da Vida Espiritual.

Segunda Lição = O Pregador Piedade e Devoção; Sinceridade e Humildade; Honestidade e Seriedade Coragem e Otimismo; A Oração na Vida do Pregador; Opiniões sobre a Pregação Bíblica.

Terceira Lição = Tema Formas de Temas; Tipos de Temas; Qualidades de Temas Requisitos Importantes para a Escolha de Temas.

Quarta Lição = Sermão Introdução; fontes; conclusão.

Quinta Lição = Espécies de Sermões Sermões Temáticos; Sermões Textuais; Sermões Expositivos. HERMENÊUTICA Nestes últimos anos tem-se popularizado a idéia errônea de que não precisamos interpretar a Bíblia, mas apenas lê-la e fazer o que diz. Exatamente pela frequência com que esta questão é levantada, vê-se nela um pretexto contra aqueles que fazem mais do que ler a Bíblia, contra aqueles que a estuda procurando encontrar nela a mente de Cristo e interpretá-la ao alcance da Bíblia, qualquer pessoa pode lê-la e entendê-la com a ajuda do Espírito Santo de Deus. Concordamos que os cristãos devem aprender a ler a Bíblia, crer nela, e obedecê-la. E concordamos especialmente que a Bíblia não precisa ser um livro obscuro, se for corretamente estudado e lido. Na realidade estamos convictos que o problema individual mais sério que as pessoas têm com a Bíblia não é a falta de entendimento, mas, sim o fato de que entende bem demais a maior parte das coisas! O problema de um texto como: “Fazei tudo sem murmurações nem contendas” (Fp 2.14), por exemplo, não é compreendê-lo, mas, sim, obedecê-lo e colocá-lo em prática. Para um melhor aproveitamento ao longo do estudo dessa matéria, há pelo menos duas coisas, as quais devemos ter em mente: A Bíblia é um livro singular, especial, que se distingue dos demais valiosos compêndios de literatura até hoje produzidos. Não podemos compreender as Escrituras, por meio apenas da inteligência humana, e sim contemos com a ajuda da ação iluminadora do Espírito Santo que sonda as profundezas de Deus, e esclarece os mistérios da Sua Palavra, quando estes são buscados em oração e exclusivamente para servir a Deus, em defesa do Seu Reino entre os homens. Desse modo, o estudo cuidadoso, sadio e constante das Escrituras se impõe como o principal meio do homem natural vir a conhecer a Deus, e a Sua vontade para com a nossa vida, e ao crente conhecer o propósito santificador de Deus para si, e para todos os salvos. É a nossa atitude para com aquilo que a Bíblia diz que determinará em grande parte os conceitos e as conclusões que tiramos de seus ensinamentos. Se a temos na conta de autoridade divina e plena nos assuntos de que trata, então suas afirmações positivas constituem para nós a única base da doutrina cristã, e o elemento de apreciação da Hermenêutica Sagrada. Pela sua singularidade, a Bíblia não pode nem deve ser interpretada ao bel-prazer do leitor. Tenha ele a cultura que tiver, para captar a mente de Deus e o que o Espírito Santo ensina na Bíblia, necessitamos estudá-la seguindo alguns princípios. Destacaremos entre o grande número universalmente aceito, ao longo desta apostila os seguintes princípios: Estude a Bíblia Sagrada partindo do pressuposto de que ela é a autoridade suprema em questão de religião, fé e doutrina. Não se esqueça que a Bíblia é a melhor intérprete de si mesma, isto é, a Bíblia interpreta a Bíblia. Dependa primeiramente da fé salvadora e do Espírito Santo para a compreensão, e interpretação da Escritura. Interpreta a experiência pessoal à luz da Escritura, e não a Escritura à luz da experiência pessoal. Os exemplos bíblicos só têm autoridade prática quando amparados por uma ordem que os faça mandamento geral. O principal propósito da Escritura é mudar as nossas vidas, não multiplicar os nossos conhecimentos. Todo cristão tem o direito e a responsabilidade de interpretar pessoalmente a Escritura, seguindo princípios universalmente aceitos pela ortodoxia cristã. Apesar da importância da história da Igreja, ela não chega a ser decisiva na fiel interpretação da Escritura. O Espírito Santo quer aplicar as promessas divinas, exaradas nas Escrituras, à vida do crente, em todos os tempos.

PRIMEIRA LIÇÃO A NECESSIDADE DO ESTUDO DA HERMENÊUTICA: O termo "hermenêutica" deriva do grego hermeneuo, "interpretar". A Hermenêutica Bíblica cuida da reta compreensão e interpretação das Escrituras. Consiste num conjunto de regras que permitem determinar o sentido literal da Palavra de Deus. Segundo registra a história, Platão, o famoso filósofo da Grécia antiga, foi o primeiro a empregar a palavra Hermenêutica como um termo técnico. Desde então, a palavra sugere a arte de interpretar escritos antigos e atuais, sejam de ordem espiritual, ou das ciências, e do direito. Para este fim existe a Hermenêutica com um sentido mais geral. Além da Hermenêutica geral como arte de interpretar os fatos da história, da profecia, da poesia e das leis, há ainda outro tipo de Hermenêutica: é aquela a qual particularizamos como “Hermenêutica Sagrada”, ligada essencialmente a compreensão, interpretação da Palavra de Deus. Somente quando reconhecemos o princípio da inspiração divina da Bíblia é que podemos conservar o caráter teológico da Hermenêutica Sagrada. Almejamos, através de um estudo dos princípios de hermenêutica oferecidos aqui, ajudar todos a compreenderem e aplicarem melhor os ensinos da Bíblia. Estes princípios são baseados nas "normas de linguagem" que governaram a comunicação por escrita nos tempos bíblicos. Nossa intenção é de conhecer melhor o vocabulário, a gramática e os princípios da hermenêutica bíblica que governaram os autores das Sagradas Escrituras. Alcançando este objetivo, vamos compreender e saber viver cada vez melhor a vontade de Deus. O Senhor permitindo, assim viveremos de forma cada vez mais unida, pois é assim que Deus quer que todos seus filhos vivam. A necessidade do estudo da Hermenêutica tem como tarefa principal indicar os meios pelos quais será possível determinar as diferenças de pensamento e atitude mental entre o autor de uma determinada obra, no caso um livro bíblico, e o leitor que a lê, no caso da Bíblia sagrada. Não basta entendermos o que pensavam seus autores humanos, mas termos à mente, a divina inspiração quanto ao propósito, e a mensagem do livro bíblico em questão, uma vez que Deus é o seu autor.

A razão da necessidade = Em decorrência da queda do homem, o pecado apagou a luz divina que nele existia, bloqueando a capacidade original que possuía de reter a revelação divina consigo. Desse modo, pela natural inclinação do homem para o erro, urge a conjugação de esforços no sentido de evitar o erro na interpretação correta e prática da palavra de Deus. Apesar das diferenças sociais, culturais, políticas, e idiomáticas entre os homens, fatos que os distinguem e distanciam uns dos outros, a bíblia sagrada não deve ser interpretado ao bel-prazer de quem quer que seja, tenha a pessoa a desculpa que tiver.

É aqui que se evidencia a necessidade do estudo da hermenêutica sagrada sadia, como importante elemento auxiliar na interpretação do texto sagrado. Princípios Hermenêuticos entre os Judeus A Bíblia Sagrada como literatura é uma obra proeminente dos Judeus. Judeus Palestinos (escribas) = Devotavam o mais profundo respeito a bíblia da sua época (VT) como a palavra de Deus. Consideravam até mesmo as letras como sagradas. Mas erravam porque exaltava a lei oral, inclusive o hábito de contar as letras. Eles tinham a divisão da Bíblia em três partes Leis, Profetas, Escritura. Sendo a lei a parte de maior importância. Judeus Alexandrinos = A interpretação era influenciada pela filosofia de Platão (ninguém deve acreditar em algo que seja indigno de Deus, quando eles encontravam algo no VT, que discordava e ofendia a sua lógica, recorriam às interpretações alegóricas) predominante na cidade de Alexandria no Egito. Judeus Caraitas (filhos da leitura), Descendentes espirituais dos Saduceus consideravam a Escritura como única autoridade em matéria de fé, e desprezavam a tradição oral. Os rabinos criaram os estudos massoréticos. Judeus Cabalistas = Admitiam que mesmo os versículos, as palavras, as letras, os números, e também os acentos das palavras da lei, que foram entregue a Moisés, tinham poder especial e sobrenatural.

Judeus Espanhóis = Desenvolveram a exegese da Bíblia, nos séculos XII a XV quando o conhecimento do hebraico estava quase nulo, alguns judeus da península de Perenaica restauraram o interesse por uma Hermenêutica bíblica sadia. Fontes essas que são até hoje pesquisadas. Hermenêutica na Igreja Cristã Período Patrístico = No período dos Pais da Igreja tinha três principais centros de atividade da Igreja:

1-Escola de Alexandria, no Egito,2-Antioquia, na Síria, e 3 - Ocidente.

A Escola de Alexandria = No começo do século III d. C. a interpretação bíblica foi influenciada especialmente pela escola catequética de Alexandria, principal centro cultural religioso do Egito. Nessa culturalmente famosa cidade, a religião judaica e a filosofia grega se encontraram e mutuamente se influenciaram. Os principais representantes dessa escola foram Clemente, e o seu discípulo Orígenes. Ensinavam a interpretação alegórica da Bíblia.

A Escola de Antioquia = Fundada no final do século III, por Corotéu e Lúcio e os discípulos Teodoro de Mopsuéstia e João Crisóstomo (boca de ouro). Consideravam a Bíblia com a infalível palavra de Deus.

Escola Ocidental = Representada por quatro grandes mestres da Igreja: Hilário, Ambrósio, Jerônimo e Agostinho; Jerônimo é conhecido pela tradução da “vulgata’’ conhecedor das línguas originais da Bíblia”.

O período Medieval = Acontece na idade média, os Cristãos e até mesmo muito dos Clérigos viviam a profunda ignorância quanto à bíblia. O pouco que dela conhecia era somente da vulgata, através de alguns escritos dos pais da Igreja. Nessa época já era grande o número dos cristãos, mas a bíblia era considerada mística, cheia de mistérios. Nesse período o quádruplo sentido da escritura era (Literal, tropológico, alegórico, e analógico), era aceito e foi estabelecido que a interpretação da bíblia tivesse que se adaptar à tradição, e a vontade dos lideres da Igreja. O Período da Reforma => O período renascentista que preparou a Europa para a Reforma Protestante, chamou a atenção para a necessidade de se estudar a Escritura, recorrendo aos originais como forma de achar o verdadeiro significado. Reuchlin e Erasmo, famosos cultores do Novo Testamento, foram apóstolos dessa época áurea da Hermenêutica. Eles interpretavam a Bíblia como infalível palavra de Deus, e deram substancial ajuda para o estudo e a pesquisa das Escrituras, o primeiro publicou uma gramática e um dicionário da língua hebraica, usada no Velho Testamento, enquanto o outro escreveu a primeira edição crítica do Novo Testamento em Grego. O quádruplo sentido da bíblia foi gradualmente abandonado, para dar lugar ao principio de que a bíblia deve ser interpretada apenas em um sentido. João Calvino considerado o maior exegeta da Reforma, considera como “primeiro dever de um interprete, permitir que o autor diga realmente o que diz, ao invés de lhe atribuir o que pensamos que devia dizer”.

O Período Confessional = Após a reforma, teoricamente os protestantes conservavam o principio segundo o qual “a Escritura interpreta a Escritura”. Mas, à medida que se recusavam aceitar a interpretação bíblica seguindo normas ditadas pela tradição, tal como havia sido determinado pelos concílios e papas, corriam o risco de ceder diante aos padrões confessionais da Igreja. Nesse tempo, “quase toda a cidade importante tinha o seu credo favorito”. Esse foi o período de grandes controvérsias doutrinárias, o protestantismo até aqui coeso, começa a se dividir em varias facções, enquanto a exegese tornou–se serva da dogmática, se degenerando em mera busca de textos provas. É interessante observar que a maior contribuição para a hermenêutica dessa época, não é encontrada nas tendências da Igreja, mas na literatura dos movimentos da reação contra a mesma, dentre as quais se destacam a literatura dos Soncinianos, de Conccejus e a dos Pietistas. Hermenêutica no período histórico-crítico Nesse período houve profunda reflexão sobre o homem e Deus. E como em outras épocas ficaram a discutir sobre a hermenêutica bíblica. E os principais teólogos do inicio século XX, adotaram o ponto de vista de LeClerk segundo o qual a inspiração variava em graus nas diferentes partes da bíblia, admitindo a existência de erros e imperfeições naquelas partes em que esta inspiração era de graus mais baixos. Essas teorias são desposadas até os dias de hoje. 1- 1- A Teoria da Inspiração Natural Humana= Ensina que a bíblia foi escrita por homens dotados de singular inteligência.

2- A Teoria da Inspiração Divina Comum= Ensina que a inspiração dos escritores da bíblia é a mesma que hoje vem ao crente enquanto ora, prega, canta, ensina, e anda em comunhão com Deus.

3- A Teoria da Inspiração Parcial = Ensina que partes da bíblia são inspiradas, outras não. Ensina ainda que a bíblia não é a palavra de Deus, mas, que ela apenas contém a palavra de Deus.

4- A Teoria do Ditado Verbal = Ensina que a inspiração da bíblia é só quanto às palavras, não deixando lugar para a atividade do escritor.

5- A Teoria da Inspiração das Ideias = Ensina que Deus inspirou as Ideias da bíblia, mas não as suas palavras, ficando estas a cargo dos respectivos escritores. Também foi fundada a Escola gramatical por um teólogo de nome Ernesti. Segundo a sua exegese, a escrituras devia ser interpretada levando em consideração o seguinte: a) O sentido múltiplo da Escritura deve ser rejeitado e somente deve ser conservado o sentido literal. b) As interpretações alegóricas devem ser abandonadas, exceto nos casos em que o autor indique o que deseja, a fim de combinar com o sentido literal. c) Visto que a bíblia tem sentido gramatical em comum com outros livros, isto deve ser considerado em ambos os casos. d) O sentido literal não pode ser determinado por um suposto sentido dogmático. A Escola Histórica alcançou o seu auge através da pessoa de Semler, ele salientava o fato de que vários livros da bíblia e o seu cânon em geral se originaram de modo histórico, e eram, portanto, historicamente condicionados. Partindo do fato que foram escritos por homens provenientes dos mais diferentes níveis da nação judaica, concluiu que as escrituras têm erros, cabendo ao estudante e interprete detectá-los. Foi chamado o pai do Racionalismo Cristão.

SEGUNDA LIÇÃO A CONCEPÇÃO PRÓPRIA DA BÍBLIA:

1-A Bíblia é um livro singular, especial, que se distingue dos mais valiosos compêndios já produzidos até hoje.

2-Não podemos compreender as Escrituras pela inteligência humana, a menos que contemos com a ajuda iluminadora do Espírito Santo que sonda as profundezas de Deus e esclarece os mistérios da sua palavra. O estudo da Bíblia se impõe como principal meio do homem natural vir a conhecer Deus e a sua vontade para sua vida e do crente conhecer o propósito santificador de Deus para si e para todos os salvos. O porque das Escrituras Deus tem se revelado através dos tempos por meio de suas obras, pela criação e por uma revelação maior, a Bíblia: a palavra escrita, e a Cristo a palavra viva, por tanto a revelação é dupla. A necessidade do estudo das Escrituras: Lendo os textos de 1Pe 3.15; 2Tm 2.15; Is 34.1:1; Is 34.16; Sl.119.130, descobrimos essa necessidade Porque devemos estudar a Bíblia: É o manual do crente na vida cristã e no trabalho do Senhor; Alimenta nossas almas; É o instrumento que o Espírito Santo usa em nossas batalhas; Enriquece espiritualmente a vida do salvo. Como devemos estudar a Bíblia: Conhecendo seu autor; com a melhor atitude mental e espiritual; Diariamente, com oração, meditando na sua mensagem. A Inspiração das Escrituras A Bíblia é diferente dos demais livros porque só ela tem a inspiração divina IITm 3.16; 2Pe 1.21; Jó 32.8. Inspiração divina - É a influência sobrenatural de Deus através do Espírito Santo como um sopro sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem possibilidade de erro. A própria bíblia reivindica para si, a inspiração de Deus, pois a expressão: “assim diz o Senhor”, qual carimbo de autenticidade divina, ocorre 2600 vezes nos 66 livros. Falsas teorias quanto à inspiração da Bíblia Da inspiração natural humana; da inspiração divina comum; inspiração parcial; do ditado verbal; da inspiração das ideias. Teoria correta da inspiração das escriturasse da inspiração plenária da Bíblia ou verbal=> Ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas e o fim está no último livro do Novo Testamento. Harmonia e unidade das Escrituras É um milagre a existência da Bíblia até os dias de hoje. Há nela 66 livros, por 40 escritores, por um período de 1600 anos. Escritores: Foram homens de todas as atividades da vida humana. Condições: Foram diferentes as condições, Moisés na solidão do árduo deserto, e Jeremias na sujidade de uma masmorra, etc... Circunstâncias: Foram as mais diversas que os escritores dos 66 livros tiveram. Devemos aceitar que se há erros na bíblia será sempre do lado humano, e que também ela foi escrita para mentes humildes e sinceras. A prova da inspiração das escrituras Muitas pessoas sabem quem é Jesus; creem que Ele fez milagres; na sua ressurreição; ascensão; mas não na Bíblia! Essas pessoas precisam saber a posição de Jesus quanto à bíblia. Nós sabemos que: Ele aprovou a Bíblia, leu, ensinou, chamou-a de a palavra de Deus, e a cumpriu, e declarou que o escritor Davi falou pelo Espírito Santo. No deserto derrotou Satanás, fê-lo com a palavra de Deus, afirmou que as escrituras é a verdade. Lc.24.44.

Testemunho do Espírito Santo no crente Jo 7.17 = Cada pessoa que aceita Jesus como salvador o Espírito Santo coloca no seu coração um testemunho quanto à autoridade da bíblia.

O cumprimento fiel da Bíblia = O Antigo Testamento é um conjunto de livros proféticos cumpridos a maior parte no Novo Testamento, e há uma parte que é para cumprir no presente e no futuro. A maior prova dessas profecias foi o nascimento de Jesus, sua morte, sua ressurreição e ascensão. O melhor argumento a favor da Bíblia é o caráter que ela forma. A bíblia é sempre nova e inesgotável; ela é familiar a cada individuo; é superior aos outros livros; é imparcial.

TERCEIRA LIÇÃO:

PARTICULARIDADE DO TEXTO BÍBLICO, CONHECENDO A BÍBLIA GRAMATICALMENTE O próprio Pedro admitiu que há textos difíceis de entender: "os quais os indoutos e inconstantes torcem por sua própria perdição" II Pe 3:15-16. A arma principal do soldado cristão é a Escritura e se este desconhece o seu valor ou ignora o legítimo uso, que soldado será? ITm 2:15. As circunstâncias variadas que concorreram na produção do maravilhoso livro exigem do expositor que o seu estudo seja minucioso e sempre científico, conforme os princípios hermenêuticos. A Bíblia como outro livro qualquer possui linguagem própria de um livro cujo autor queria que coisas nela escritas fossem compreendidas pelos seus leitores. Por isso o Espírito Santo ao inspirar as escrituras usou linguagem e o vocabulário próprio da época que cada escritor escreveu. Cada livro possui princípios de composição comuns, por sua vez se baseiam em recursos da literatura e os recursos literários a qual veremos no decorrer desta lição. Composição da Bíblia Uma composição agrupa várias partes para dela fazer um todo. A composição pode consistir de uma pintura, uma obra musical, poesia ou linguagem escrita. A composição dever expressar unidade, terá começo, meio e fim.

A linguagem Bíblica = A composição das palavras deve comunicar pensamentos. Para isto Deus deu a linguagem ao homem com meio de expressão. Com a linguagem, vem a ordem, a organização e os princípios que tornam possível a comunicação. Apesar das línguas diferirem, todas seguem uma ordem como meios de expressão e de comunicação. Deus usou de recursos naturais próprios de cada escritor. Mas sem descaracterizar os escritos da Bíblia. Pedro era indouto, sem conhecimento. Porém escreveu num Grego tão eloquente como o empregado por Paulo, ao escrever as suas cartas IPe 1.7; At 3.6. É importante lembrar que o Espírito Santo não apenas inspirou as Escrituras, Ele usou a linguagem, o vocabulário, o gênero literário próprios à época, e a cada escritor que as escreveram. Tinha de ser assim, pois o Espírito Santo estava comunicando verdades que Ele tinha interesse que fossem conhecidas pelos que as lessem e ouvissem.

Princípios de composição = Os escritores da Bíblia usaram princípios de composição simples de sua época e avaliaram, simplificaram, repetiram, fizeram comparações, relacionaram verdades com verdades e assim por diante aos olhos da nossa compreensão. A nossa compreensão humana só começa a se abrir quando conhecemos melhor, o uso que o Espírito Santo fez dos princípios de composição das Escrituras.

Primeiro Grupo de Recursos Literários Comparação = Envolve a associação de duas ou mais coisas iguais ou parecidas. Às vezes as palavras, tal como; igual a, nos dá a pista que duas ou mais coisas similares estão sendo comparadas. Quando isso ocorre o autor está dando ênfase à similaridade 1Sm 13.5 “como areia do mar”.

Contraste = É o oposto da Comparação. Pode ser indicado por palavras tais como: mas, ou, de outra forma, entretanto. O ponto alto do contraste não consiste na palavra que o indica, mas, na diferença das qualidades acentuadas. Sl.1 “entre o ímpio e o justo”.

Repetição = É o uso repetido de palavras, frases ou orações idênticas para dar ênfase ao que se quer dizer: “Ai daquele que...” Hc 2:9, 12, 15, 19; Mt 23:13-16, 23, 27, 29.

Intercâmbio = É um tipo especial de repetição no qual um padrão que se altera é repetido Lc.1;2, entre anuncio do nascimento de João Batista e Jesus. Reforça o contraste ou comparação.

Gradação = É o que ocorre em passagens em que se repete o uso de termos “mais ou menos” iguais Am 1:6; 2:6. “Assim diz o Senhor...”

Continuação = Envolve o prolongamento da apresentação de um tema particular. Depois de introduzir o tema vem o desenvolvimento. Estudando a poesia hebraica, os Salmos, por exemplo, vemos que a continuação está muito ligada ao paralelismo sintético, onde o pensamento de um verso da poesia prossegue no verso seguinte ou é elaborado sobre ele. Este recurso é muito claro em Jn 1:3. Veja que Jonas decidiu sair da presença do Senhor, foi a Jope, encontrou um navio que o conduziria a Espanha, pagou sua passagem e subiu a bordo do citado navio, tudo em um versículo.

Clímax = Envolve a chegada de uma narrativa ao ponto crítico, isto é, o ponto de interesse máximo. O autor constrói, partindo do ponto de interesse e importância menor até ao maior, então apresenta-se um pequeno período, já para o fim, onde as coisas são combinadas, a tensão se relaxa e a pessoa percebe como tudo vai acabar. Clímax é esse ponto crítico. O livro de Êxodo é um exemplo de clímax. Podemos vê-lo acentuadamente em Ex 40:34,35. “A glória de Deus”. Depois da narrativa da partida do Egito, recebimento da Lei, das instruções, dos detalhes do tabernáculo, finalmente a nuvem de glória cobre a congregação de Israel e a luz deslumbrante da presença do Senhor enche o Tabernáculo. Esse é o clímax do livro.

Ponto Decisivo = Está relacionado com o clímax, mas se encontra mais em passagens didáticas do que em narrativas de histórias. É o centro da discussão nas passagens didáticas, ele é o “eixo” em torno da qual gira o assunto em pauta Gl 3:5. A epistola aos gálatas há vários pontos decisivos porque há “subdiscussões” dentro da discussão principal dos assuntos. O ponto decisivo de Gálatas é: “para a liberdade foi que Cristo nos libertou”.

QUARTA LIÇÃO PARTICULARIDADES DO TEXTO BÍBLICO:

Tem como propósito introduzir ao estudo cinco importantes elementos que compõem o texto Bíblico, são eles: parábolas, profecias, tipos, símbolos e poesia. Parábolas É uma forma de história colhida da natureza ou de ocorrências diárias normais, que lança luz sobre uma lição moral ou religiosa. Conhecido no antigo Israel, o ensino alcançou seu apogeu no ministério de Jesus. Propósito do uso das parábolas Jesus usou-as em seus ensinos pelo menos por duas razões. - Ensinar aos seus discípulos e a outros ouvintes. Para estas pessoas o ensino por parábolas lançava luz sobre a verdade. - Encobrir a verdade aos não receptivos à revelação de Cristo como o Messias de Deus. Mt 13:10,13 A compreensão das parábolas;

As parábolas nos Evangelhos estão relacionadas com Cristo e o seu Reino = Portanto a primeira pergunta que você deve fazer a si mesmo ao estudar uma parábola é: “No que esta parábola tem a ver com Cristo?” Lembra-se da parábola do “joio e o trigo” Mt. 13.37. Quando Jesus interpretou esta parábola Ele disse que tinha semeado a boa semente. -

As parábolas devem ser estudadas à luz do lugar e da época a que se relacionam = A maneira ideal de assim proceder é estudar livros acerca de costumes e cultura bíblica. Torna-se mais fácil entender, por exemplo, a parábola da moeda perdida, ao sabermos que as mulheres do antigo Oriente lidav