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A GRANDE REVELAÇÃO
A GRANDE REVELAÇÃO

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Ap 21:1 – Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram: A terra e o céu fugiram do trono do Senhor.

Ap 20: 11. Este símbolo mostra o efeito da justiça e da santidade de Deus em relação ao mundo e a ordem mundana de governos ímpios e rebeldes.

A figura de sacudir, abalar ou destruir a terra e os corpos celestiais aparece várias vezes nas profecias bíblicas contra nações. Quando Isaías profetizou o castigo da Babilônia, ele disse que Deus ia “converter a terra em assolação” e que “as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz”. Acrescentou as palavras de Deus: “Portanto, farei estremecer os céus; e a terra será sacudida do seu lugar” Is 13: 9,10,13. Obviamente o mundo inteiro não foi destruído no cumprimento desta profecia, mas o mundo dos babilônicos chegou ao fim. O mesmo profeta falou do castigo de várias nações, e disse: “Eis que o Senhor vai devastar e desolar a terra vai transtornar a sua superfície e lhe dispersar os moradores”; “A terra será de tudo quebrantada, ela totalmente se romperá, a terra violentamente se moverá..ela cairá e jamais se levantará. Naquele dia, o Senhor castigará, no céu, as hostes celestes, e os reis da terra, na terra” Is 24:1,19-21. Alguns capítulos depois, falando novamente do castigo das nações, ele disse: “Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exército cairá, como cai à folha da vide e a folha da figueira” Is 34:4. Pedro diz que o mundo da época de Noé “veio a perecer” II Pe 3:6;. 2:5, não no sentido de uma destruição total do planeta, mas como maneira de mostrar que a ordem corrupta de sua época passou. As visões do Ap 20: 11 e 21:1 usam as mesmas figuras para descrever o castigo dos povos rebeldes. Se o passar do céu e a terra representa o fim da antiga ordem na qual o diabo e seus servos dominavam os fiéis e venciam os santos 11:7; 13:7,15; 17:17-18, o novo céu e nova terra representam a nova ordem em que Jesus e seus adoradores dominam 11:15-19; 14:9-12; 20:4,6. É nesse sentido que Isaías relatou a promessa de Deus, olhando para Israel espiritual, o reino messiânico: “Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas” Isaías 65:17; cf. 66:22. Os capítulos 21 e 22 do Apocalipse apresentam a igreja abençoada na comunhão com o Senhor – os vencedores no tabernáculo estendido por Deus. 21:2 – Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus: Os profetas do Antigo Testamento usaram a figura de uma nova e perfeita cidade para representar a bênção da comunhão com Deus depois de um período de sofrimento. Especificamente, falaram da igreja ou do reino do Messias que viria depois da purificação do cativeiro. Este tema é especialmente forte em livros como Ezequiel (capítulos 40-48e Isaías 60-66; especialmente 65:18-19. Paulo desenvolveu o mesmo tema quando falou de Jerusalém livre, que vem de cima Ga 4:26-31. O autor de Hebreus, também, viu a cidade celestial como a igreja já existente no primeiro século: “Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial...igreja dos primogênitos” He 12:22-23. A mesma linguagem aqui no Apocalipse descreve a igreja do Senhor. Nada no texto aqui limita essas bênçãos ao futuro a igreja no céu. Podemos entender a nova Jerusalém como a igreja já abençoada aqui na terra e, desta maneira, a interpretação deste trecho se ajusta ao contexto histórico do livro. Ataviada como noiva adornada para o seu esposo: A mesma figura que encontramos em 19:7-8 (cf. os comentários na lição 30 e as citações em Efésios 5:25-27 e II Co 11:2. Isaías descreveu as bênçãos da salvação em Cristo “como noiva que se enfeita com as suas jóias” 61:11. 21:3 – Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. Então, ouvi grande voz vinda do trono: Esta declaração – seja da grande voz de Jesus 1:10, ou de um anjo 5:2; 7:2., de um dos quatro seres viventes (6:1), ou do próprio Pai 21:5 – vem de Deus. A linguagem vem diretamente de promessas do Velho Testamento sobre a restauração de Israel espiritual pelo Messias. Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles: As Escrituras estão repletas de frases como estas, descrevendo a comunhão entre Deus e os santos. Deus queria uma relação desta qualidade no Velho Testamento: “E habitarei no meio dos filhos de Israel e serei o seu Deus” Ex 29:45. Jerusalém, o lugar escolhido por Deus para a edificação do templo, passou a representar a habitação de Deus no meio do povo II Cr 6:2; Es 1:3. Mas, o povo rompeu os laços de comunhão, repetidamente, pelo pecado Ez 10:18-19; 11:22-23; Is 59:2. Os profetas falaram das bênçãos guardadas para o povo restaurado. Deus disse: “O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” Ez 37:27; cf. 37:23,28; Za 2:10-11; 8:8; Je 30:21-22; 31:33. Jesus veio para fazer o seu tabernáculo entre os homens João 1:14, e a comunhão se tornou possível pelo sangue dele Ef 2:11-18, e pela purificação do povo arrependido II Co 6:14-18; Je 24:7. 21:4 – E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. A linguagem deste versículo, quando lida isoladamente, parece descrever o céu. Certamente esperamos uma circunstância desta qualidade no céu. Mas a aplicação primária, ainda, deve ser feita à condição abençoada da igreja desde a época de João. Esta interpretação é apoiada pelas passagens proféticas que usaram a mesma linguagem para apontarem o reino messiânico. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram: O livramento do povo da opressão foi descrita num cântico por Isaías: “Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos...” Is 25:8;. 30:19; 35:10. A volta do cativeiro traria alegria, expulsando a tristeza do meio do povo Isaías 51:11. As boas-novas da salvação no Ungido ia “consolar todos os que choram” Is 61:2. Esta alegria se tornaria característica dos novos céus e nova terra Is 65:19-20. 21:5 – E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas às coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. E aquele que está assentado no trono disse: É Deus quem fala, e Deus que cumpre as promessas aos fiéis. Podemos confiar na fiel e verdadeira palavra do Senhor. Eis que faço novas todas às coisas: A libertação do povo do domínio da Babilônia foi descrita como uma renovação Is 43:18-19. Num sentido espiritual, Deus prometeu fazer as novas coisas por meio do seu Servo Is 42:9. Recebemos esta bênção em Cristo: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” II Co 5:17. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras: Deus salientou a importância desta promessa da renovação, relembrando João de sua responsabilidade de escrever as palavras ouvidas. São verdadeiras. 21:6 – Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. Disse-me ainda: Tudo está feito: Deus sempre cumpre as suas promessas, e anuncia a obra completa com estas palavras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim: Deus se apresentou como “o Alfa e Ômega” no início do livro 1:8 e Jesus se declarou “o primeiro e o último” 1:17; 2:8. Estas expressões mostram, não somente a eternidade de Deus, mas a sua capacidade de cumprir a sua palavra, de terminar o que começa. Ele garante o resultado para o conforto dos santos. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida: O conforto ou alívio toma a forma de água para o sedento. Deus é quem dá água aos aflitos Is 41:17-20. O Servo que restauraria Israel, seria seu Pastor e conduziria o povo “aos mananciais das águas” Isaías 49:8-10. Deus oferece as águas na Nova Aliança Isaías 55:1-3. Depois de julgar os inimigos do seu povo, nos dias das bênçãos do evangelho, sairia “uma fonte da Casa do Senhor” Joel 3:18; 2:28; 3:1; Atos 2:16-21. 21:7-8 – O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus e ele me será filho. 8 Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte. Os versículos 7 e 8 apresentam mais um contraste entre os servos do Senhor e os servos do diabo. O propósito deste contraste é óbvio. Cada um precisa escolher. Ou será um vencedor com Cristo, ou um perdedor total. A herança é gratuita Ef 2:8-9, mas exige um compromisso com o Senhor. O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho: As promessas feitas aos vencedores nas sete cartas às igrejas são maneiras diferentes de expressar um único tema: quem for fiel ao Senhor terá a bênção de comunhão com ele. Leia, de novo, as promessas nos finais das cartas 2:7,10-11,17,26-28; 3:5,12,21. Recebemos a adoção de filhos e nos tornamos herdeiros por meio de Jesus Ga 4:4-7. Ele nos trata como primogênitos He 12:23, com o privilégio de sermos herdeiros do próprio Senhor Efésios 3:6. Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte: Os ímpios, porém, não compartilham a mesma esperança. Aqueles que têm vergonha de Jesus, que não acreditam no Senhor ou que desobedecem a vontade dele não são herdeiros de Deus. A herança deles é o lago de fogo, a segunda morte. A linguagem destes dois versículos nos lembra do apelo final do livro de Isaías, salientando a diferença entre os vivos na cidade santa e os mortos fora da cidade Is 66:22,24.

Prº Arlindo C. Filho

 

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