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9.2. EFEDRINA-CAFEÍNA-ASPIRINA Esta combinação vem sendo utilizada com bons resultados por culturistas por aumentar o efeito termogênico do corpo, sendo que a combinação é utilizada na seguinte proporção 1:10:15. A efedrina é basicamente um medicamento para pessoas asmáticas, derivada de uma erva denominada ephedra e um de seus efeitos é o aumento da temperatura corporal, o que ajuda a queimar gorduras. A cafeína na proporção adequada funciona como um agente sinergista, ou seja, aumenta o efeito termogênico da efedrina, enquanto a aspirina retarda ou interfere na produção de prostaglândis que, dentre os efeitos mencionados anteriormente, reduz o efeito termogênico da combinação efedrina/cafeína. Dentre as contra-indicações para o uso de efedrina encontram-se a hipertensão e doenças cardíacas. Vale mencionar que a efedrina foi banida de alguns estados norte-americanos por ter sido correlacionada com alguns óbitos, provavelmente por superdosagem. Em outros Estados, a venda só é permitida para pessoas acima de 18 anos de idade. 9.3. CLEMBUTEROL Este é outro medicamento também destinado a pacientes asmáticos. Clembuterol é um beta-2 agonista, sendo que a sua função é abrir vias aéreas obstruídas e com isso facilitar a respiração. Ocorre que sempre que uma droga se afina com uma célula receptora, esta se torna resistente à droga quando é muito utilizada. Por exemplo, o efeito termogênico da efedrina parece ser mais longo (apesar de não ser tão potente) por duas razões: 1) efedrina não tem alta afinidade com o receptor e 2) efedrina não é um beta-2 específico. No mundo do culturismo, esta droga vem sendo utilizada por ter efeito anti-catabólico além de efeito lipotrópico. O clembuterol não elimina gordura através do mecanismo comum de aceleração do metabolismo, como a efedrina e drogas para a tiróide. De fato, o clembuterol ativa as células gordurosas marrom no corpo. Estas células estão usualmente dormentes, mas quando ativadas queimam as células gordurosas brancas, o que torna a pele mais fina e os músculos mais visíveis. Como anabólico ou anti-catabólico, o clembuterol não é tão potente como os esteróides anabólicos, porém pode aumentar significativamente a massa magra em alguns atletas; enquanto em outros, não provoca qualquer mudança na massa magra a não ser um pequeno aumento. (Como esta droga influencia o aumento muscular em alguns é um fato ainda misterioso). Parece que tal como acontece com relação aos esteróides, algumas pessoas têm mais receptores sensíveis a esta droga do que outras, mas esta é uma questão genética. Uma das desvantagens do uso de clembuterol é o maciço fechamento dos receptores mencionados anteriormente, ou seja, o clembuterol passa a não mais promover os efeitos desejados. Isto ocorre quando o medicamento é utilizado constantemente. Para evitar o fechamento dos receptores utiliza-se o clembuterol 2 dias sim e 2 dias não. Os efeitos colaterais diferem de pessoa para pessoa, sendo que os mais comuns são dores de cabeça, tremores, taquicardia e agitação. Usualmente os efeitos colaterais desaparecem após 2 ou 3 semanas de uso. 9.4. FAT BURNERS Este não é exatamente um farmacológico, mas passou a ser recomendada a supervisão médica antes da sua administração, principalmente após ter-se tornado bastante comum a venda destes fat burners no mercado nacional. Baseiam-se, normalmente, em agentes lipotrópicos (colina, inositol, betaína e aminoácido metionina). Estas são substâncias que trabalham no metabolismo das gorduras. De fato, parece que estes fat burners têm mais comercialização entre atletas e outras pessoas não relacionadas com o culturismo. Apesar de algumas pessoas afirmarem a eficiência destes fat burners, nós particularmente não conhecemos nenhum culturista que faça uso deste meio. 9.5. DIURÉTICOS Estes são os mais perigosos de todos, podendo ocasionar a morte pelo mau uso. Como o nosso compromisso é com a verdade, aqui estará explicitado como os diuréticos são utilizados no mundo do culturismo. Não obstante estar em uso, mantenha-se distante dessa substância pelo alto risco que envolve. Não vale a pena usá-la! Os diuréticos trabalham através da estimulação dos rins. Os rins têm como função filtrar o sangue, eliminando assim os restos provenientes do processo metabólico. Os rins também permitem ao corpo reabsorver substâncias bioquímicas vitais como minerais, aminoácidos e água. A unidade de secreção nos rins é denominada de néfron. Cada rim tem um milhão de néfrons. Os néfrons consistem de uma cápsula renal e um tubo renal. No tubo renal, água, eletrólitos tais como sódio e potássio, glicose e aminoácidos são absorvidos pelo sangue. Este também é o local de ação dos diuréticos nos rins. A maior parte dos diuréticos funcionam através do bloqueio da absorção de eletrólitos. Já que os eletrólitos, em certa concentração, se atam à molécula de água, quando estes são eliminados do corpo, a água atada a estes também é eliminada. Um grande número de efeitos colaterais pode ocorrer com o uso de diuréticos; como tontura, dor de cabeça, palpitação e severa cãibra muscular. Devemos entender que o músculo tem um certo balanço eletrolítico, sendo que as células musculares dependem do balanço de sódio e potássio. Quando uma pessoa toma diuréticos, este balanço pode ser severamente prejudicado, o que pode ocasionar cãibras musculares. Para resolver o problema, certos atletas tomam quantias extras de potássio, mas por vezes esta “solução” pode agravar o problema, especialmente se o diurético já contém potássio. Desde que o coração também é músculo, cãibras severas podem afetá-lo e então você terá que ir treinar musculação com Mohammed Benaziza no céu. Para quem não o conhece, Mohammed foi culturista profissional, tendo falecido no grande prêmio da Holanda poucas horas após tê-lo vencido. Causa mortis: parada cardíaca causada por extrema desidratação seguida de restrição de líquidos e uso de diurético. Precisa mais? Vale citar que, a partir do Mister Olympia 1996, a IFBB passou a realizar teste específico para detectar a presença de diuréticos no organismo dos atletas tendo sido desqualificado , na ocasião, o atleta Nasser El Sonbatty por apresentar teste positivo. Nasser classificara-se, a princípio, em terceiro lugar. Note-se a preocupação quanto à manutenção da vida e da saúde dos atletas em vista do uso e abuso de droga tão perigosa! O diurético mais conhecido e usado por culturistas, que ainda teimam, e que também é um dos mais poderosos é o Lasix da Hoechst. Esta droga normalmente é usada com extrema cautela devido aos efeitos colaterais. O seu efeito é bastante rápido e dura por apenas algumas horas, de forma que é tomada diretamente antes da competição. Potássio é normalmente administrado com esta droga, já que diurético causa abundante perda de minerais. Algumas marcas já contêm potássio. 9.6. INSULINA Esta droga é utilizada terapeuticamente por pessoas diabéticas, porque não produzem insulina em quantias adequadas (diabetes do tipo I) ou porque as suas células não reconhecem a insulina (diabetes do tipo II). A insulina é um hormônio secretado pelo pâncreas, sendo que, dentre suas funções principais, está o transporte de proteínas (aminoácidos) e carboidratos (glicose) para dentro da célula. Porém, o efeito da insulina é uma faca de 2 gumes, pois ela pode evitar a quebra de gorduras e ainda aumentar a sua reserva. Isso visto só para repetir o que já foi mencionado no item 4 (carboidratos), onde também aprendemos como fazer uso da secreção natural deste poderoso hormônio em nosso favor, mas aqui o que mencionamos é o uso de insulina extra injetável. Ocorre que muitos culturistas fazem uso de insulina sem se tornar obesos e sim mais forte e definidos. Se você estiver realizando um treinamento rigoroso e não estiver ingerindo quantidades desnecessárias de carboidratos, a insulina no seu corpo irá levar nutrientes para dentro da célula e não trabalhar no processo de armazenamento de gorduras. Mas se você já tiver excesso de gordura e se consumir quantias desnecessárias de carboidratos e ainda for sedentário, a insulina irá aumentar a reserva de gordura. A insulina vem sendo injetada em conjunto com drogas como GH (hormônio do crescimento), esteróides anabólicos, clembuterol, drogas para a tiróide e outras para que, em conjunto, tenham o seu efeito aumentado. Existem 2 tipos básicos de insulina: insulina de ação lenta e insulina de ação rápida (regular). A insulina lenta permanece no corpo por aproximadamente 6 horas após a injeção (a qual deve ser subcutânea). Este tipo de insulina normalmente inicia sua ação entre 1 à 3 horas após a injeção e tem o seu pico de ação de 6 à 8 horas após a administração. A insulina regular tem ação imediata e dura cerca de 6 à 8 horas. É importante que o pâncreas naturalmente libera insulina após ter aumentado os níveis de glicose na corrente sangüínea, mas quando é injetado insulina extra, pode ocorrer um quadro hipoglicêmico (queda de glicose na corrente sangüínea). Se um culturista injeta insulina de manhã ao acordar e se alimentar de carboidratos complexos, provavelmente não criará quantidades de glicose suficientes para o momento em que a insulina der o seu pico, ou seja, após 1 ou 2 horas. Isso pode ocasionar severo quadro hipoglicêmico que se caracteriza por sudorese, falta de ar e tremores. Severa hipoglicemia pode ocasionar a morte. Para evitar o problema, os culturistas que insistem em fazer uso desta droga perigosa consomem, além da refeição normal, 10 gramas de glicose para cada UI (unidade internacional) de insulina administrada. Se um atleta injeta 10 UI de insulina de manhã, ingere 100 gramas de carboidratos simples (glicose) de 20 a 30 minutos após a administração. Normalmente, o ciclo de insulina é usado por oito semanas, permanecendo-se oito semanas fora do ciclo. Durante o ciclo, a dieta deve ser precisa contendo carboidratos simples e complexos consumidos na hora exata. O uso de insulina parece ter efeito bastante positivo, quando especificamente utilizada na fase da dieta pré-competição em que o atleta aumenta o consumo de carboidratos, após passar pela fase de depleção dos mesmos como foi mencionado anteriormente neste item. A célula já ocupada por carboidratos será ainda mais recheada pelos mesmos com injeção de insulina. A insulina jamais é utilizada na fase em que a ingestão de carboidratos é limitada. Repetimos, usa-se insulina só quando o consumo de carboidratos for elevado para promover supercompensação. Cremos que o uso despropositado de insulina não vale a pena, pois corre-se o risco da instalação de um quadro hipoglicêmico e isto basicamente ocorre pela administração de muita insulina e pelo consumo de quantias inadequadas de carboidratos que, advertimos, pode levar a um quadro hipoglicêmico, ao coma e até à morte. Este é um risco que não vale a pena! 10. COMPLEMENTOS ALIMENTARES E OUTRAS SUBSTÂNCIAS ERGOGÊNICAS NÃO FARMACOLÓGICAS Nada deve substituir a alimentação normal de uma pessoa. Comida natural feita em casa é o melhor. Nós nos referimos ao arroz, ao feijão, à carne, à salada, enfim, àqueles alimentos que bem preparados e em quantias suficientes para as necessidades são sempre a melhor opção. Então surge a mídia que nos coloca à frente produtos milagrosos, tais como vitaminas, fat burners, Gainers cinco milhões, proteínas especiais etc. E daí, onde investir meu dinheiro ganho com sacrifício? O que vale a pena e o que é engodo? Dentre os produtos mencionados neste item encontram-se complementos que nós mesmos utilizamos e sugerimos a consulta a um médico para a possibilidade de uso, sendo que alguns são bastante caros, de forma que o seu orçamento irá definir o que adquirir. 10.1. COMPLEXOS VITAMÍNICOS As vitaminas são substâncias não sintetizadas pelo organismo e são agentes essenciais ativos para a manutenção das funções biológicas. A sua deficiência ou ausência pode causar quadros doentios diversos denominados avitaminoses. As vitaminas são ativas em quantidades bastante pequenas. São classificadas em hidrossolúveis (solúveis em água) e lipossolúveis (solúveis em substâncias gordurosas). As vitaminas hidrossolúveis são as vitaminas do complexo B, PP (ácido nicotínico, nicotinamida, biotina e ácido fólico) e a vitamina C. As vitaminas lipossolúveis são: A, D, E e K. Toda pessoa que realiza uma dieta mista, contendo todos os grupos alimentares (carnes, ovos, verduras, frutas, legumes, cereais e oleoginosas) terá garantido a presença de um teor suficiente de vitaminas para garantir a saúde, o crescimento e o desenvolvimento normal. Ocorre que nós culturistas, outros atletas e demais pessoas ativas, podem ter as necessidades vitamínicas aumentadas, de forma que só para ficar do lado seguro da ponte é conveniente selecionar um complexo vitamínico, tal como: Unciap T, Supradim, Strasstab, Centrum etc, e seguir a dose recomendada que, normalmente, é de um comprimido diário com a principal refeição. Alguns destes complementos vitamínicos vêm acompanhados de minerais os quais são responsáveis pela manutenção de inúmeras funções fisiológicas como contratibilidade muscular, na função nervosa, coagulação sangüínea, transporte de oxigênio, entre outras. Observe que o consumo exagerado de algumas vitaminas pode causar um quadro de hipervitaminose com conseqüências desagradáveis. Porém, existem algumas vitaminas especiais, cujo consumo extra é de muita importância para o atleta. São elas: as vitaminas C, B6 e as vitaminas antioxidantes que iremos especificar a seguir. 10.2. VITAMINA C (ácido ascórbico) Esta é a molécula predileta de Linus Pauling, duas vezes Prêmio Nobel. A vitamina C, dentre outros efeitos, reduz os sintomas das gripes e resfriados acelerando o processo de recuperação e tem um efeito anti-catabólico. Este efeito anti-catabólico tem importância fundamental para nós. Ocorre que a vitamina C controla uma substância produzida pelo organismo denominada cortisol. Este é um hormônio liberado quando uma pessoa entra em estresse e também quando elevados esforços físicos são realizados, como um treinamento pesado. Este hormônio é antagonista à testosterona. De fato, a liberação de cortisol suprime a testosterona natural produzida em nosso organismo. Inicia-se então, uma disputa entre estes dois hormônios; enquanto o cortisol tem um efeito catabólico (diminui a massa muscular) a testosterona tem um efeito anabólico (constrói a massa muscular). O cortisol também suprime importantes funções imunológicas no nosso organismo, tornando o corpo mais suscetível a gripes e resfriados. Esta é mais uma razão pela qual os esteróides anabólicos são utilizados com sucesso. Desde que estes sejam testosteronas sintéticas, competem com o cortisol por receptores específicos no citoplasma celular. Por isso os esteróides anabólicos, além de efeito anabólico, são ainda anti-catabólicos, aliás parecem ser mais anti-catabólicos do que anabólicos. É por isso também que alguns atletas usuários de esteróides anabólicos, quando terminam um ciclo de esteróides, tendem a ficar resfriados ou gripados e perdem muita massa muscular como um balão que se murcha. Ocorre que, quando se deixa de administrar testosterona inadequadamente, demora semanas ou até meses para que a produção natural de testosterona se restabeleça. Enquanto isso o cortisol se torna dominante, podendo causar queda no sistema imunológico e catabolismo muscular. Como elemento anti-catabólico a vitamina C diminui a produção de cortisol e não compete com o mesmo como faz a testosterona, e é uma maneira saudável de controlar este hormônio catabólico que é produzido em resposta ao treinamento árduo. A dose recomendada é de 3000 à 5000 mg de vitamina C ao dia. Saliento que esta vitamina não é tóxica em grandes quantidades, nem está presente nestas quantidades nos complexos multivitamínicos sugeridos anteriormente, de forma que quantias extras devem ser administradas, caso o atleta faça ou não o uso de esteróides anabólicos. Cewin, Cebion e Redoxon são alguns nomes comerciais. Fontes naturais de vitamina C são as frutas cítricas (limão, laranja, acerola etc) e verduras como o pimentão verde, brócolis e espinafre. Porém, para se conseguir o valor acima recomendado é mais fácil e conveniente usar os suplementos, a não ser que você esteja a fim de comer espinafre ou chupar laranja o dia inteiro. São necessários cerca de 10 copos de suco de laranja para obter 1 grama de vitamina C. 10.3. VITAMINA B6 (piridoxina) Esta é outra vitamina cujo suplemento extra vale a pena. A vitamina B6 ou piridoxina está diretamente relacionada com o metabolismo dos aminoácidos, ou seja, quanto mais proteína você ingere mais vitamina B6 você necessita. Já que a recomendação diária é baseada numa ingestão média de proteína por uma pessoa normal (0.02 mg B6/grama de proteína) e que dietas baseadas em carne normalmente são pobres em ocorrência natural desta vitamina, um culturista que ingira 200 gramas de proteína por dia necessitará de aproximadamente 4 mg de vitamina B6 ao dia. Fontes naturais de vitamina B6 são carnes (de porco principalmente), leguminosas, verduras frescas e cereais integrais. 10.4. ANTIOXIDANTES Os antioxidantes são um dos suplementos mais visados por atletas e pessoas que tenham por objetivo a saúde e o controle do envelhecimento. Os antioxidantes são basicamente compostos químicos que combatem substâncias no organismo conhecidas como radicais livres. Os radicais livres são moléculas instáveis que flutuam na corrente sangüínea, causando danos aos tecidos. Estes radicais livres podem ter diversas origens tais como o metabolismo do oxigênio (o simples ato de respirar provoca a formação de radicais livres) e o processo de sintetização dos alimentos. Existem ainda uma série de fatores que maximizam a formação de radicais livres como o fumo, estresse emocional e a prática de exercícios extenuantes (daí a insistência no uso dos antioxidantes para nós culturistas). Entre as substâncias antioxidantes encontram-se as vitaminas A, C, E e o beta-caroteno, além da coenzima Q10 o n-acetil cistina, selenium, o hormônio melatonina, entre outros. No mercado, encontram-se à disposição uma série de antioxidantes com diferentes combinações desses elementos. 10.5. EVENING PRIMROSE OIL (azeite noturno de primavera) Este suplemento mencionado no item 6 (gorduras essenciais) vem sendo utilizado por muitos culturistas por suas propriedades anti-inflamatórias e por reporem gorduras essenciais depletadas do fígado pelo uso de esteróides anabólicos, especialmente os 17-alpha alquelados. Normalmente o ácido graxo cis-ácido linoleico obtido na dieta é convertido pelo organismo em gama-ácido linoleico (GLA). Este é requerido para formar a boa prostaglândis, a qual regula importantes funções no organismo como as mencionadas anteriormente (repões gorduras essenciais depletadas do fígado e tem propriedades anti-inflamatórias). A conversão de cis-ácido linoleico em GLA pode ser facilmente inibida. A suplementação com evening primrose oil é ótima fonte de GLA não permitindo que ocorra a conversão. A dose recomendada é de 1000 mg – 2000 mg por dia. 10.6. SULFATO VANÁDIO Este mineral pode ajudar culturistas significativamente caso estejam ou não utilizando esteróides anabólicos. Estudos vêm demonstrando que o sulfato vanádio realça os mesmos processos anabólicos controlados pela insulina. Tal como a testosterona e o hormônio do crescimento, a insulina é um poderoso agente anabólico. O sulfato vanádio copia os efeitos da insulina (insulin-like effect) provocando o transporte da glicose e dos aminoácidos para dentro da célula em um grau maior do que normalmente ocorreria sem a utilização do sulfato vanádio. Isso cria um ambiente anabólico perfeito para o crescimento do músculo que você acabou de treinar, tornando-o mais denso e volumoso. Infelizmente, o sulfato vanádio, tal como a insulina, direciona a gordura que, por ventura você tenha ingerido, diretamente para onde você não deseja. Desta forma, a saída é manter a ingestão de gordura mínima enquanto estiver utilizando o sulfato vanádio. Tornam-se ainda mais válidas todas as considerações feitas sobre o controle da insulina mencionadas no item 4 (carboidratos) e 9 (farmacológicos). A dose recomendada de sulfato vanádio é de 30-45 mg por dia dividida em 3 ou 4 administrações diárias após as refeições para evitar distúrbios intestinais e hipoglicemia. Superdosagens são tóxicas e ocasionam, entre outros efeitos colaterais, distúrbios gastrointestinais e coloração verde-azulada da língua. Ainda, parece ser melhor ciclar o uso de sulfato vanádio, 8 semanas de administração e 2 semanas de intervalo (só para ficar do lado seguro da ponte). 10.7. CREATINA MONOIDRATO Esta substância tem uma ocorrência natural no corpo humano, sendo a principal fonte de energia do músculo. Pesquisas realizadas nos últimos anos descobriram que o corpo humano é capaz de armazenar mais creatina do que normalmente consumimos numa dieta normal (indivíduos normais produzem cerca de 2 gramas de creatina por dia no fígado, rins e pâncreas). Através do saturamento de creatina, o músculo se torna mais forte e se recupera mais rapidamente de esforços físicos. A creatina também aumenta o volume muscular por atrair água para dentro da célula, talvez por sintetizar proteína mais rapidamente e evitar sua quebra. A razão exata pela qual a creatina funciona ainda não é sabida, tal como inúmeros outros fenômenos científicos, mas o fato é que com o seu uso o atleta se torna mais denso, acrescenta massa magra e se torna mais definido. A administração de creatina faz-se em duas fases: fase de saturação e de manutenção. Na fase de saturação da célula, vêm obtendo-se resultados com a administração de 20 gramas de creatina em 4 doses diárias por 5 dias. Após a célula estar saturada, usa-se 10 gramas diárias em duas doses como manutenção. esta dose pode ser aumentada, dependendo do volume corporal. Conhecemos culturistas que, com dose de manutenção, utilizam 20 gramas. Sugere-se que a superdosagem contínua possa causar sobrecarga para o rim, muito embora isto ainda não seja certo. A fórmula mais recomendada e efetiva de administração de creatina é entre as refeições. A creatina é misturada com água morna e misturada com um copo de suco de fruta ou com solução de glicose. Ocorre que a água morna ajuda a dissolver a creatina, enquanto o suco de fruta ou a solução de glicose libera insulina a qual realiza o transporte da creatina para dentro da célula. Estudo recente na Universidade de Nottingham demonstra que a solução de glicose é mais eficiente. 10.8. COMPLEMENTOS PROTÉICOS Sabemos nesta altura do campeonato a importância das proteínas para a edificação da massa muscular (sem proteína não se constróem músculos). É por isso que a indústria de complementos alimentares tem à disposição no mercado diversos complementos protéicos tais como albumina de ovo, caseinato de cálcio, proteína hidrolisada de soja, whey protein (proteína do soro do leite) etc. Estas proteínas possuem diferentes graus de retenção de nitrogênio no organismo sendo que “whey protein” possui este grau mais elevado, sendo portanto, de melhor qualidade e de mais rápida absorção. É muito conveniente seu consumo após o treino e de manhã cedo, quando a reposição de aminoácidos é necessária o mais rápido possível. Em seguida escolhem-se as outras proteínas hidrolizadas (pré-digeridas) e por último as proteínas concentradas, a saber, a caseína e a albumina que, na verdade, não passam de proteínas brutas. O fato é que o organismo humano é adaptado a absorver proteínas de fontes naturais animais ou vegetais. Estes complementos protéicos podem servir para tornar eventualmente a sua vida mais fácil no tocante à obtenção de proteínas de acordo com as suas necessidades diárias. Mas lembre-se que, analisando a relação custo/benefício, quilo por quilo de proteína, muitas vezes é muito mais barato comprar carne ou ovos do que estes complementos, sem contar que carne é carne e estes complementos nem sempre contêm aquilo que alardeiam. Olho aberto!